Loading...
Provas organolépticas olfactivas 2017-11-20T11:38:35+00:00

Provas organolépticas olfactivas

A medição do odor bucal de um sujeito usando o olfacto de juízes/avaliadores humanos é um método bastante usado em estudos epidemiológicos. Os juízes devem ser previamente previamente testados (confirmação da sua capacidade de perceber odores), treinados (saber aplicar correctamente uma escala) e calibrados (valores similares entre juízes diferentes). As avaliações devem ser realizadas com um intervalo mínimo de 5 minutos entre exames e por mais de um juiz. Uma análise estadística a posteriori deve comprovar a correlação (ex: teste de Spearman) e a concordância (ex: índice Kappa) entre as medições dos distintos juízes. Também é necessário que os examinados sejam instruídos a não comer, beber, fumar, escovar os dentes ou utilizar elixires nas duas horas anteriores ao exame, para melhor controlar eventuais factores de confusão.

Os juízes do hálito

No entanto, alguns factores psicológicos e fisiológicos podem influenciar as avaliações organolépticas (jejum, ciclo menstrual, posição da cabeça, grau de atenção e expectativas, etc.). O acto de cheirar é difícil de reproduzir com fiabilidade, pois somente depende de uma inspiração curta e rápida.

A medição organoléptica é um método simples e comum para determinar a existência de halitose. No entanto, dificilmente permite um diagnóstico etiológico, apesar de alguns juízes mais treinados conseguirem perceber alguma distinção na qualidade dos odores. Uma das técnicas mais usadas consiste em colocar um tubo de plástico na boca do paciente, com o propósito de prevenir a diluição do ar do habitáculo. Enquanto o paciente expira devagar, o examinador avalia o odor na outra extremidade do tubo. Tratando-se de uma situação bastante constrangedora tanto para o examinador como para o examinado, geralmente é colocado um painel opaco de privacidade entre ambos (com um orifício para o tubo) de forma a não haver contacto visual entre ambos. O odor nasal também pode ser medido ao colocar o tubo numa das narinas, enquanto a outra é tapada com um dedo.

A fiabilidade e reprodutibilidade deste método são problemáticas. A medição realizada por diferentes juízes é uma forma de melhorar a fiabilidade. Quanto à concordância entre juízes, esta pode ser melhorada mediante a estandardização do sentido do olfacto, usando um kit de solução de diferentes odores (ex: T&T Olfactometer). Para uma melhor concordância entre juízes, os pacientes devem abster-se de práticas de higiene oral, fumar, ingerir antibióticos e comidas contendo alho, cebola, e especiarias, anteriormente à medição. Além disso, a concordância entre juízes aumenta se eles próprios também evitam beber café e chá, fumar e usar cosméticos com odor antes das provas organolépticas.

Actualmente, dado o desenvolvimento de novas tecnologias que identificam e medem os compostos presentes no hálito, e o constrangimento causado para ambos paciente e profissional de saúde, as provas organolépticas estão a cair em desuso.

Anterior
Próxima

Conceito

Falamos da halitose sem complexos, para que melhor compreenda a terminologia que usam os académicos.

1. O que é a halitose?
2. Consequências psicológicas e sociais
3. O mau hálito ao longo dos tempos

Causas

Descubrimos as mais de 80 causas que podem provocar halitose, segundo os estudos e investigações internacionais mais recentes.

1. Os compostos de mau odor
2. Patologias associadas
2.1 Origem na boca
2.2 Origem no aparelho respiratório
2.3 Origem no tubo digestivo
2.4 Origem sistémica, nutrição e hábitos
2.5 Origem neuropsicológica

Diagnóstico

Identificamos os métodos clínicos mais eficazes para estabelecer um diagnóstico preciso sobre a origem da halitose ou mau hálito e, posteriormente, realizar o tratamento mais adequado.

1. Métodos de diagnóstico
1.1 Auto-percepção
1.2 Provas organolépticas olfactivas
1.3 Medição dos gases do hálito
1.4 Provas laboratoriais
2. Impacto na qualidade de vida
3. Sinais e factores associados