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O que é a halitose 2018-03-06T12:10:07+00:00

O que é a halitose?

Halitose (comummente “mau hálito”) é um termo médico usado para descrever qualquer odor desagradável no ar exalado pela boca ou pelo nariz. O termo deriva do latim halitos (ar expirado) e do grego ose (alteração patológica).

Na sociedade actual, a imagem e as relações interpessoais assumem especial importância. Neste contexto, quando um estímulo olfactivo resulta desagradável ou não aprazível, é percebido como anti-estético. Hoje em dia, o hálito é algo com que a população em geral se preocupa e valoriza, atribuindo-lhe uma importância crescente. Nos Estados Unidos, a halitose é apontada como o terceiro motivo mais frequente de visita ao dentista, depois da cárie dentária e da doença periodontal.

Embora muitas pessoas associem a halitose à manifestação de um problema físico, a maioria dos afectados incomoda-se mais com as suas consequências sociais. De facto, a consciência de padecer de halitose provoca muitas vezes efeitos psicológicos relevantes. O espectro destes efeitos varia desde um pequeno impacto até ao transtorno total da vida do paciente.

Terminologia

A halitose pode ser classificada em dois grupos, consoante seja percebida ou não. Importa salientar que a maioria dos adultos padece de halitose genuína ao despertar, que se enquadra na categoria da halitose transitória. Trata-se de um problema temporário atribuído à redução do fluxo salivar durante o sono e ao jejum prolongado. Este tipo de halitose ocorre também com a ingestão de certos alimentos, como o alho e a cebola.

Halitose Genuina

Trata-se da halitose percebida, isto é, um mau odor óbvio e superior ao socialmente aceitável. Pode ser identificado tanto por provas organolépticas (uso do nariz) como por exames físico-químicos.

Halitose Persistente

Também designada por halitose patológica ou crónica, é um tipo de halitose permanente, que causa constrangimentos à vida “normal” dos pacientes. Esta patologia não se soluciona pelos métodos usuais de higiene, mas requer um plano de tratamento específico, de acordo com o diagnóstico. A origem primária pode ser oral (boca ou dorso posterior da língua) ou extra-oral (aparelho respirátorio, sistema digestivo, desordens sistémicas, etc.).

Halitose Imaginária

Também designada por pseudohalitose, trata-se de uma condiçao em que não existe halitose percebida, mas o paciente queixa-se insistentemente da sua existência com base na auto-percepção. Esta condição pode tornar-se uma perturbação do foro obsessivo (halitofobia) quando o paciente crê que ainda padece de halitose mesmo após esta lhe ter sido erradicada através de um tratamento médico (quando genuína) ou memos após ter sido informado por terceiros de que não padece de halitose (pseudohalitose).

Halitosis Transitória

Também designada por halitose fisiológica, esporádica ou matinal, é um tipo de halitose auto-limita, geralmente originada no dorso da língua. Tipicamente não requer medidas terapêuticas, sendo considerada um problema mais cosmético do que médico.

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Dados epidemiológicos

A halitose tem uma prevalência elevada na população e pode afectar qualquer sexo, idade, raça e condição socioeconómica. Para estimar a prevalência de halitose numa população podem ser utilizados vários métodos.

Os estudos epidemiológicos que oferecem um maior nível de evidência, isto é, uma estimativa mais fiável da prevalência de halitose numa dada população, são aqueles que recorrem a mais de um método.

O estudo realizado pelo Instituto do Hálito na Península Ibérica utilizando os 4 métodos acima descritos demonstrou que a prevalência de halitose permanente em Portugal e Espanha é idêntica à da população mundial, cerca de 30%. Também aqui atinge de igual forma mulheres e homens, independentemente dos escalões etários e da condição socioeconómica.

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Conceito

Falamos da halitose sem complexos, para que melhor compreenda a terminologia que usam os académicos.

1. O que é a halitose?
2. Consequências psicológicas e sociais
3. O mau hálito ao longo dos tempos

Causas

Descubrimos as mais de 80 causas que podem provocar halitose, segundo os estudos e investigações internacionais mais recentes.

1. Os compostos de mau odor
2. Patologias associadas
2.1 Origem na boca
2.2 Origem no aparelho respiratório
2.3 Origem no tubo digestivo
2.4 Origem sistémica, nutrição e hábitos
2.5 Origem neuropsicológica

Diagnóstico

Identificamos os métodos clínicos mais eficazes para estabelecer um diagnóstico preciso sobre a origem da halitose ou mau hálito e, posteriormente, realizar o tratamento mais adequado.

1. Métodos de diagnóstico
1.1 Auto-percepção
1.2 Provas organolépticas olfactivas
1.3 Medição dos gases do hálito
1.4 Provas laboratoriais
2. Impacto na qualidade de vida
3. Sinais e factores associados