08. Como funciona uma consulta de halitose?

Segundo os padrões mais atuais, a consulta moderna do hálito deve processar-se em três fases: diagnóstico, tratamento e controlo.

O objetivo da fase de diagnóstico (ou Estudo do Hálito) é identificar a causa da halitose. No nosso departamento, quase sempre se realiza numa só consulta, pois temos muitos pacientes que vivem longe dos centros. Nesta primeira consulta, recolhem-se todos os dados médicos relevantes para o diagnóstico (anamnese) e realizam-se uma série de procedimentos como a exploração oral, análise do ar expirado bucal e nasal, provas microbiológicas através de técnicas de PCR (identificação através do ADN), análise da função salivar e testes psicológicos (EIH e OHIP), com o objetivo de estabelecer o diagnóstico etiológico (a causa).

“A realização do “estudo do hálito” é quase sempre imprescindível para poder iniciar um tratamento”.

A vasta maioria dos pacientes que acorre ao nosso departamento já possui uma higiene oral exemplar e desconhece a causa do mau hálito. Apresentam-se saudáveis e não conseguem relacionar o problema do hálito com a ocorrência de outros sinais ou sintomas. Nestes casos, a realização do Estudo do Hálito é imprescindível antes de iniciar qualquer tratamento (é necessário determinar a patologia ou doença que desencadeia o mau hálito de forma a prescrever a terapêutica adequada). Foi graças a esta metodologia ao nível de investigação médica (que inclui o Estudo do Hálito) que se obteve uma taxa de êxito de 97%.

Quanto às consultas seguintes (fase de tratamento e fase de controlo), estas variam segundo a causa. Na maioria dos casos são necessárias 3-4 consultas ao longo de 6 meses para tratamento e controlo (apesar de que a eliminação da halitose geralmente sucede ao fim de apenas uma semana).

Também nos encontramos com pacientes que vêm à consulta para que se lhes realize um check-up do hálito, isto é, não têm a certeza de que padecem mau hálito. São pessoas com vidas sociais muito ativas, cuja profissão exige um contato próximo e frequente com terceiros, e querem estar seguras e com pleno controlo do estado do hálito. Estudamos os fatores e o risco relativos à predisposição e susceptibilidade e orientamos de forma a que o hálito esteja blindado.